sábado, 27 de março de 2010

No coments.

Hoje eu acordei meio nublada.
O céu de Curitiba estava nublado, também.

Tristeza.
Acho que este é um daqueles dias que eu não queria ter acordado.

É difícil quando você se olha no espelho. Quando você percebe quem você é.
Vai, Maya, você não é a fodona que adora analisar as pessoas? Que adora ficar tentando descobrir os defeitos delas? Você não é aquela pessoa arrogante que se acha a melhor, a mais especial, a insubstituível? Que acha que nasceu para fazer a diferença?
Pois eu tenho uma novidade para você, Maya. Você não é.
Você é tão ridícula quanto as pessoas que você considera ridícula. Às vezes é até mais ridícula ainda.
Você tem defeitos também, sabia? E eles não são mais desculpáveis do que os defeitos dos outros.
É, você adora fazer parte da vida alheia. Adora mandar. Adora se intrometer aonde não deve.
Mas continua querendo ser a única dona da sua vida.
Hipócrita.
É isso que você é, Maya.
Hipócrita. Mesquinha. Arrogante. Ridícula.
Dói, Maya? Dói ouvir isso?
É, eu sei. Dói mesmo ouvir verdades.
Ué, mas não é você aquela que adora dizer as verdades de todo mundo?
Você diz que adora legião, mas nunca parou para analisar suas letras.
"Bondade sua me explicar com tanta determinação/Exatamente o que eu sinto, como penso e como sou/Eu realmente não sabia que eu pensava assim"
O que você sabe dos outros, Maya? O que você sabe de você mesmo?
Como você consegue ser tão arrogante a ponto de achar que tem o poder se entender as pessoas???
Você não pode, Maya. Ninguém pode.
Acorda, sua burra!
Não seja estúpida.

Você não é diferente.
Você é exatamente igual ao resto do mundo.
E chorar, Maya, não vai adiantar. Só vai fazer sofrer.
...
Não, eu não quero comentários neste post.
Isso é muito mais um diário do que um blog. E eu só quero desabafar. Por para fora.