Eu li há algumas semanas atrás este livro. Completamente tocante e sensível, adorei - e olha que eu não gosto muito de romance.
Enfim, vale a pena.
Na realidade, vale muito a pena quando você descobre que a autora deste livro, a Emily Brontë, morava sozinha com as outras duas irmãs Brontë no alto de um morro, totalmente isoladas do mundo, quase não tinham contato com a sociedade e com as rodas de literatura da época. Mesmo assim, escreveu um livro extremamente profundo, com uma definição ímpar de amor. Lindo.
"Vejo que os habitantes destas regiões levam sobre os das cidades a vantagem que leva a aranha de uma prisão sobre a de uma casa de campo, aos olhos dos seus diversos moradores; e, todavia, creio que a irresistível atração não se deve somente à situação do espectador. Na realidade, a gente daqui vive mais sinceramente, mais em si mesma, e menos em coisas fúteis, externas, superficiais, efêmeras. Aqui, chego a crer na possibilidade de um amor que dure a vida inteira, eu que jamais acreditei num amor capaz de durar mais de um ano. Uma situação lembra um homem esfomeado diante de um único prato, em que ele pode concentrar todo o seu apetite e ao qual pode fazer justiça; a outra é como se lhe apresentassem uma mesa posta por cozinheiros franceses: ele talvez possa achar igualmente capitoso o conjunto, mas cada prato será apenas um átomo para o seu olhar e para a sua lembrança."
É a sua vez de jogar
Há 9 anos