sexta-feira, 26 de junho de 2009

Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

“O orgulho – observou Mary, que se gabava da solidez de suas reflexões – é um defeito muito comum, creio eu. Por tudo o que tenho lido, estou realmente convencida de que é muito comum, que a natureza humana manifesta uma tendência bastante acentuada para o orgulho, que são pouquíssimos os que não alimentam esse sentimento, baseado em alguma qualidade real ou imaginária! A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam freqüentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho se relaciona mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós.”

“Quanto melhor conheço o mundo, menos ele me satisfaz; e cada dia vejo confirmada a minha crença na inconsistência de todos os caracteres humanos e na pouca confiança que se pode depositar nas aparências do mérito ou do bom senso.”

“Em suma, ela deu-se conta por conseguinte, como já ocorrera várias vezes anteriormente, que os eventos aguardados com impaciência não geravam, ao se realizarem, toda a satisfação que deles se esperava. Assim, era preciso marcar outro período para o início de sua verdadeira felicidade, ter outros pontos de apoio para seus desejos e esperanças.”

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