quarta-feira, 2 de julho de 2008

O inimaginável

Eternizando uma outra passagem de Risíveis Amores:


"Era uma situação que jamais se repetira em sua vida: ele se viu confrontado com o inimaginável. Estava certamente naquele período muito curto da vida (o período paradisíaco) em que a imaginação ainda não está saturada pela experiência, não está estragada pela rotina, em que se conhecem ou se sabem poucas coisas, de modo que o inimaginável vai se tornando realidade (sem a intervenção do imaginável, sem a passarela das imagens), somos todos tomados pelo pânico e pela vertigem."

Eu não consigo imaginar, hoje, algo inimaginável; mas isto é óbvio, porque uma vez que eu não consigo imaginá-lo, eu acho que ele não é imaginável, porque eu nem imagino que seja possível não imaginá-lo (acho que isto não faz muito sentido =/ ); é preciso se deparar com algo assim... Mas nunca isto me aconteceu.

Imagine um elefante voador rosa! Imaginou, não é?!?!?!
Agora imagine este elefante sendo engolido por uma cobra!! (parece um chapéu... ;D ) Eu posso imaginar isto...
Imagine então esta cobra vivendo em uma sociedade onde não existem famílias; as cobrinhas são todas produzidas in vitro; são divididas em castas Fi, Chi, Psi e Ômega e o sexo entre as cobrinhas é totalmente liberado. EU TAMBÉM CONSIGO IMAGINAR ISTO!!!
...

Pois é. Eu nunca me deparei com algo que, mais cedo ou mais tarde, eu não pudesse imaginar.

(Mas eu quero sentir este pânico! Eu quero sentir esta vertigem! Eu preciso acreditar que a minha imaginação não esteja saturada pela rotina!!!)

Um comentário:

Lucemary disse...

Soh parece um chapeu porque voce leu O Pequeno Principe!