sexta-feira, 11 de julho de 2008

La Gioconda

Mona Lisa.
Ah, Mona Lisa.
O que eu sinto quando eu vejo a Mona Lisa?

(Tá, tudo bem, eu não sou nenhuma especialista em arte, vá lá. Mas, em minha defesa, eu uso aquele argumento que todo mundo usa - eu poderia encontrar outro mais interessante, mais plausível; mas vou usar este como forma de confundir a minha cabeça mesmo... -, que a maioria das pessoas não é especialista em (desculpe o termo, mãe) porra nenhuma, mas mesmo assim fica metendo o bedelho onde não lhe é devido - tipo como quando alguém fica julgando um fato que aconteceu, como, por exemplo, uma certa Ismália, que tinha cinco anos na época, e quis voar do sexto andar. Ninguém tem conhecimento nenhum de causa; ninguém sabe o que aconteceu realmente; ninguém sabe o que levou isto a acontecer. Se alguém quer julgar outrém, faça do jeito certo, sim? Faça um vestibular, passe, estude, forme-se em direito, especialize-se, faça concurso público para juíz, passe, exerça, pegue este caso, aprofunde-se, e só então dê o seu veredicto; só então julgue o que achar correto. Só um último apelo: não condene as pessoas sem provas, e não acredite em provas que a mídia te dá, em coisas que a mídia te fala; aliás, não acredite em nada o que te falam, nem em mim; mas, por favor, não seja mais um fantochezinho ordinário.)

Logo, meterei aqui o meu bedelho sobre La Gioconda.

É uma obra de arte e tanto, esta de Leonardo Da Vinci - acho que é a obra de arte mais conhecida do planeta. Sua beleza está na na sua técnica de pintura, o sfumato, que permite uma perfeita retratação de luz e sombra. Está também nas proporções de la donna, no chamado número de ouro; será que uma razão matemática pode nos trazer o belo?
E a beleza também está, é claro, em seu sorriso, misterioso e impassível. Será que ela esconde, atrás deste sorriso, um segredo triste? Ou ela o usa de guardião para uma suprema felicidade? Ou, ainda, será que ela resguarda nele toda uma ironia, a respeito da vida, do tempo e da fugacidade do Homem?

Ah, La Gioconda. Tão conhecida, tão eterna, sempre sendo julgada, analisada, desmentida...
Coitada.

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