sábado, 30 de janeiro de 2010

Texto interessante em um orkut alheio

Nem sei de quem é o texto, nem quando eu peguei. Só sei que eu gostei, e eis ele aqui.

"Nós somos responsáveis pelas nossas histórias. Pintamos a realidade da forma que quisermos, e vemos cada pessoa e cada situação exatamente da maneira que queremos. Essa é a razão sendo guiada pela emoção. A emoção nos faz ter vontade de ser amados, e a razão nos faz acreditar que o somos. É simples, quando olhado de cima.
Cada passagem, cada personagem do nosso caminho é visto e contado de um jeito que faça parecer bonito, triste, especial, cômico, ou seja lá o que quisermos que pareça. Quase ninguém ouviu sininhos no primeiro beijo, gostou de verdade da primeira transa, ou achou engraçado cair quando aprendia a andar de bicicleta, mas todos fazem com que tais situações pareçam boas, divertidas. Queremos nossa vida parecida com um filme emocionante, que cada momento nos faça sentir vontade de rir ou chorar, que tudo pareça ser perfeitamente como queríamos que tivesse sido.
Mas a verdade é que boa parte da sua vida foi normal, tranquila. Sem risadas exageradas, ou crises de choro durante semanas. O primeiro amor não foi tão impossível de esquecer, e você não achava graça naquele defeito que sua ex-namorada tem quando ela não era sua ex. Seu almoço com o chefe não foi as mil maravilhas que você conta por aí, e você não bateu o carro quando tinha 20 anos porque tinha uma garota linda com você, você era mesmo um péssimo motorista. Sua carreira de modelo não foi pra frente porque você era inteligente demais, não por ter caído na passarela ou por ter namorado o paquera da produtora.
Nós somos reponsáveis pelas nossas histórias. É mais fácil tentar enganar a si mesmo quando outros acreditam nas suas verdades inventadas. Qualquer coisa divertida, melancólica que seja, é puro enfeite que colocamos para que tudo pareça mais interessante do que na verdade é. Vivam as mentiras ! Elas tornam a realidade mais aceitável.
No fundo, todo mundo sabe quem foi importante de verdade, e que as poucas vezes nas quais pegamos impulso, nós voamos tão alto, que a queda vale a pena. O que ninguém quer - e ninguém precisa - é contar o quanto os joelhos doem."