Poizé. Concordo com a Poleth. Você tem olhos de ver - e eu já disse isto antes, numa ocasião qualquer (em que voce tirou sarro de mim... 'nao, mae, eu vejo com o nariz, dannn') . :p
"(...) Sou imparcial como a neve. Nunca preferi o pobre ao rico, Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim. Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas, Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja. Acima de tudo o mundo externo! Eu que me agüente comigo e com os comigos de mim. (...)"
Contudo - Álvaro de Campos
"Eu ando pelo mundo divertindo gente, Chorando ao telefone E vendo doer a fome Dos meninos que têm fome..."
Esquadros - Adriana Calcanhoto
"(...) Assim vi a Federico Entre dois canos de arma A fitar-me estranhamente Como querendo falar-me Hoje sei que teve medo Diante do inesperado E foi maior seu martírio Do que a tortura da carne.
Hoje sei que teve medo Mas sei que não foi covarde Pela curiosa maneira Com que de longe me olhava Como quem me diz: a morte É sempre desagradável Mas antes morrer ciente Do que viver enganado. (...)"
A morte de madrugada - Vinícius de Moraes
"(...) Não, cansaço não é... É eu estar existindo E também o mundo, Com tudo aquilo que contém, Como tudo aquilo que nele se desdobra E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais. (...)"
Não, não é cansaço... - Álvaro de Campos
"(...) Essa felicidade que supomos, Árvore milagrosa que sonhamos Toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos Porque está sempre apenas onde a pomos E nunca a pomos onde nós estamos."
Velho Tema I - Vicente de Carvalho
"(...) Os pés do chefe de família estão vermelhos Mas os sapatos estão bem engraxados Melhor despertar inveja do que piedade."
Roupa Suja - Jacques Prévert
"A morte de que falavam os poemas de Jaromil tinha pouca coisa em comum com a morte real. A morte torna-se real quando começa a penetrar no interior do homem através do envelhecimento. Mas, para Jaromil, ela estava infinitamente distante; ela era abstrata; para ele a morte não era uma realidade, mas um sonho. Mas o que ele procurava nesse sonho? Procurava a imensidão. Sua vida estava desesperadamente pequena, tudo o que o cercava era sem graça e cinza. E a morte é absoluta; é indivisível e indissolúvel."
A Vida Está Em Outro Lugar - Milan Kundera
"(...) Não amadureci ainda bastante para aceitar a morte das coisas que minhas coisas são, sendo de outrem, e até aplaudi-la, quando for o caso. (Amadurecerei um dia?) (...)"
2 comentários:
Mayinha, essa é uma das coisas que acho mais linda em você: a capacidade de ver muito onde não tem necessariamente nada!
Te amo!
Poizé. Concordo com a Poleth.
Você tem olhos de ver - e eu já disse isto antes, numa ocasião qualquer (em que voce tirou sarro de mim... 'nao, mae, eu vejo com o nariz, dannn')
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:p
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